quinta-feira, 30 de junho de 2011

CECILIA , ROUXINOL E PÊRA DO S. JOÃO

A belíssima "Pyronia cecilia" visita o Vale do Mondego sempre por esta altura.
A elegância de porte e a encantadora combinação de côres faz lembrar a soprano Cecilia Bartoli.
Acho mesmo já ter ouvido a borboleta cantar.

É uma ave muito difícil de var o Rouxinol "Luscinia megarhinchos".Para além de possuir côres muito discretas gosta de cantar abrigado,aqui,normalmente nos Loureiros.
Parecia querer apanhar os primeiros raios de Sol.Logo desapareceu.



Estas são as pêras a que minha avó chamava do S. João,pela época em que amaduram.

São uma variedade muito antiga.Tem um sabor delicioso.Ainda estão verdes e já são doces.

Estão perfeitamente adaptadas aos nossos solos e clima.Não necessitam de qualquer "tratamento",não adoecem.Nunca encontrei nenhuma com bicho.As necessidades de água são perfeitamente supridas pela natureza.



FICA AQUI A DISPONIBILIDADE PARA DAR UMA VARA DE ENXERTIA A QUEM A DESEJAR.


Continuarei a preservar as variedades que os antepassados,com tanto trabalho e dedicação,deixaram.

Não se compreende,eu não compreendo,a não ser pela ganância imbecil,mesquinha e egoista,a opção por variedades exóticas,mal adaptadas ao solo e clima,com necessidades exorbitantes de água e nutrientes,sempre químicos,e não produzindo sem a aplicação de produtos altamente tóxicos cujas consequências no meio ambiente,nas espécies e na saúde não estão sequer devidamente avaliadas.



Mesmo quando "avaliadas" são-no,quase sempre,pelos interessados na venda dos químicos,ou com o seu apoio.ou aval.

São avaliações que,na maioria dos casos,mais tarde se vem a verificar não estarem correctas.


VEJA-SE A DESINFORMAÇÃO,TODOS OS DIAS POSTA A CIRCULAR,SOBRE OGM (organismos geneticamente modificados).

OBRIGAM A COMÊ-LOS,MESMO CONTRA A VONTADE DAS PESSOAS.


Enquanto o dinheiro,mesmo falso,for mais importante que tudo o resto não sairemos desta porca miséria.


mário








segunda-feira, 27 de junho de 2011

"ACCIPITER NISUS" E O AR

Julgo tratar-se de "Accipiter nisus",vulgo Gavião-da-europa.
Aparece ,com alguma frequência,junto do galinheiro.

Aqui a tentar entrar através da rede de protecção e,por vezes,consegue.Deverá,por isso,tratar-se de um macho pois é bem mais pequeno do que a fêmea.

Não constitui qualquer perigo para as galinhas,nem sequer as ataca,é,muitas vezes,atacado por elas.

No galinheiro tenta apanhar os pardais,estes,quase sempre em bandos,entram no galinheiro em busca de uma refeição fácil,o trigo biológico com que alimento os galináceos.



Estava tão entretido a observar os pardais.Permitiu uma aproximação encoberto pela macieira de Pêro-rei ,ou Pêro-coroado.

Quando me viu lá partiu no seu voo característico,batidas rápidas alternadas com voo planado.


* *

Desde há muito tempo tenho reparado nos inúmeros aviões a sobrevoarem a zona da Serra da Estrela,por vezes centenas por dia.
Já aqui chamei a atenção para o fenómeno.
Quando me levanto mais cedo,em vez de um ar límpido e com cheiro a campo,encontro um ar irrespirável e com cheiro a,sei lá,enxofre ou amoníaco.

Para uma região que quer fazer alarde da qualidade do ar impunha-se,pelo menos,uma investigação e explicação cabal do fenómeno.

Conheço crianças de tenra idade que já não saiem de casa sem tomar medicamentos para as alergias.

ISTO NÃO ALARMA NINGUÉM?

Se tiverem curiosidade em saber mais uma busca em "CHEMTRAILS" -chem de chemical,químico,e trail de rasto,fuga -avança algumas explicações.Encontram-se mesmo videos do fenómeno gravados sobre Penamacor.

Pode ser sintam necessidade de dar mais explicações se mais gente as exigirem.

mário

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ARANHA E O FATO OU O FACTO

É um animal lindo.É uma daquelas aranhas que nos seduzem.Não consegui identificá-la.
Deixo o registo.

Aqui suspensa na teia.

As riscas pretas ajudam à camuflagem.



Mesmo de barriga para o ar é linda.


* *


Estas danças,uns com o rabo colado à cadeira,outros a por cola para ver se lá ficam,alguns a fugirem e a respirar de alívio e,os camaleões do costume em pontas,fizeram recordar a história do fato que,claro,é também um facto.


Um caciquelho apavonado,empachado e convencido da sua importância,engrolou um doutorzito inês-d'orta,convencendo-o de que seria o futuro governador civil,ali mais para cima.

Lá calhou que outro qualquer cacique,mais importante,fez designar outra figura.


Perante tal vergonha o ex-indigitado ia dizendo :"Agora já posso ser nomeado para qualquer cargo,já tenho o fato,próprio e caro,que mandei fazer.".


Quantos serão designados,convidados,impostos,por já terem fato?


Lá que andam para aí muitos aperaltados andam.


mário







segunda-feira, 20 de junho de 2011

ESTORNINHO,CHURRAS,CAJADADAS E COELHOS

Um Estorninho passeando,não a cavalo,nem a burro,mas a ovelha,no dorso de uma Churra-mondegueira.

Procura palhas e fios de lã soltos para fazer o ninho.



Sempre atento.Se encontrar sementes aproveita para merendar.





Aqui já com o bico repleto de material.

Procura as Churras por serem ovelhas com mais lã e,por isso,terem mais coisas agarradas.

A Churra-mondegueira é uma raça quase extinta.O esforço feito para a recuperar de pouco tem valido perante os cães das batidas.Já me esventraram umas dezenas.Alguns desses energúmenos parecem até achar graça.


* *

Diz bem o povo que,com sorte e oportunidade se podem matar dois coelhos com a mesma cajadada.

Quando estão a geito julgo que se podem matar vários,o coelho,a coelha,o que dá ordens ao coelho,o mentor do coelho,os tratadores da coelheira e os donos dos coelhos.

Pode ser que com tanta abundância de coelhos os vendam nos mercados ao preço da uva mijona.


mário









sexta-feira, 17 de junho de 2011

"MELANARGIA LACHESIS" E BOIEIRA

É a época das "Melanargia",esta é a "lachesis".Existem quatro espécies em Portugal,já todas elas registadas aqui no Vale do Mondego.

Embora possa confundir-se com a "cramera",mas,também pelo tamanho,julgo ser a "Aricia agestis".



Esta beleza,quase alva,julgo ser a "Liptidia sinapis"





Sempre teve muitos nomes vulgares,Alvéola,Levandeira,Levandisca e,também,Boieira.Andava sempre atrás dos bois,quer estes andassem a lavrar,quer andassem a pastar.Parece triste,enquanto limpa e seca a plumagem,e ainda é uma cria.


* *

Ouve tanto falar de "boys" e logo ela havia de chamar-se boieira quando não tem nada a ver com semelhante praga.

Logo ali,debaixo do calhau,como os vermes,viu sair uns quantos,já com fatiota nova e tudo,alguns com casaca virada,apressados e em pontas,de pés julgo,à procura das sinecuras.


Como escreviam numa das acampadas:


"NÃO HÁ POUCO DINHEIRO,HÁ É MUITOS LADRÕES.".


mário









terça-feira, 14 de junho de 2011

PORTUGAL A PRODUZIR CULTURA

Esta excelente iniciativa lembrou-me duas quadras do ALEIXO:


"A ninguém faltava o pão,


Se este dever se cumprisse:


Ganharmos em relação


Com o que se produzisse.


*


Quantas sedas aí vão


Quantos colarinhos


São pedacinhos de pão


Roubados aos pobrezinhos.".


Lá estaremos.


mário

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"LIBÉLULAS" E CÁFTEN

Esta belíssima cria mostra uma curiosidade imensa pela fotografia,vem sempre colocar-se onde a possa ver como a pedir para ficar no retrato.Já começa a querer mudar a pena para a fatiota de adulto.Um "Acanthis cannabina",vulgo Pintarroxo.
Um tantinho longe.Sempre atento à aproximação,desconfiado,não deixou fazer melhor.






Linda.Poisam sempre onde melhor se possam confundir com a envolvente.Esta escolheu um espiga mesmo a condizer.






Esta não quis ficar atrás e procurou uma envolvente com verdes.




Aí ficam para os especialistas identificarem.




* *




Não estaremos todos ainda fartos de sustentar tanto CÁFTEN?


Ainda não bonda?




Grandes e pequenos caftenzinhos e seus lacaios.




Portugal precisa de produzir sim,não para sustentar tal gente,para o povo ter melhor qualidade de vida,para garantir a independência.




Uma nação que nem sequer produz o suficiente para comer,bem longe disso,nunca será independente.




Ou Portugal,sem vergonha,honra ou glória,adere ao já grande demais grupo de gente cáften?




mário













sábado, 11 de junho de 2011

"BICHO-PAU" E ESMOCHAR

É a "Lampides boeticus" em pleno acto de reprodução,aqui,de asas semiabertas,a mostrarem um azul único.

Aqui fica,novamente, a Maravilha,sei lá,gostei da foto.



Esta lagarta não consegui identificar mas lá que é um encanto é.





Pois,aí está o tal "Bicho-pau" bem disfarçado.

A fotografia não está grande coisa,vale pelo registo,não é desculpa mas,focar um bicho assim,no campo,sem tripé,não é,para mim,nada fácil.


* *


Pois,uma nação sem esperança nesses marmanjos,onde tudo parece um enorme polvo num atoleiro,com tiranetes e caciquelhos,mais uns quantos imbecis a fazer de importantes e guichos,preparados para continuar a roubar o sangue suor e lágrimas,continuo cada vez com mais crença de ver o povo,que tantas vezes ameaça em vão,esmochá-los.


mário









quinta-feira, 9 de junho de 2011

"LAEOSOPIS ROBORIS" E ESLADROAR E OU ESMIJAÇAR

Uma côr daquelas com aroma e som,é a "Laeosopis roboris",vem sempre visitar-me por esta altura.Resolveu abrir as asas e deixar saborear o momento.

Aqui está de asas fechadas,o mesmo exemplar.



Esta libélula acompanhou a caminhada ao longo da encosta.Só desistiu quando me afastei demasiado do tanque da água.





Já por aí andam as "Brintesia circe",sempre muito bem disfarçadas,quer nas rochas,quer no tronco dos Carvalhos.







As impúdicas "Maniola jurtina" em plena função reprodutiva.Escolhem sempre um cenário encantador.









Mais um juvenil,julgo seja de Cartaxo,ainda meio assustado com o mundo.


* *

Entretido a esladroar as videiras,tem de ser todos os dias,os ladrões são muitos,tiram-se uns e logo aparecem outros,uma praga,crescem depressa e dão cabo da colheita e das cepas,dizia,entretido a esladroar as videiras ia pensando,os camponeses têm tanta experiência em destruir os ladrões porque não esladroam o país?

Podia ser que os ladrões se esmijaçassem,ou mais,e fossem lá para os mercados,para os rating,ou lá como se diz,para a cadeia seria pedir demais?,ou para a pata que os pôs,e nos deixassem em paz,sossêgo e,ainda,com algum pão.


mário













terça-feira, 7 de junho de 2011

"COLUBER HIPPOCREPIS" E O SONO DAS BORBOLETAS

Depois de um intervalo forçado,sem linha de rede,foram já mais de meia dúzia as vezes que os cobardolas armados e a coberto do anonimato,como sempre fazem os sacripantas,cortaram o cabo do telefone a tiro,agora como não há caça lá utilizaram outro meio ,não nos desmibilizarão,estamos de volta.
A demora deveu-se ao novo sistema da empresa,segundo o técnico.Liga-se,a comunicar a avaria,lá não sei para onde;Os operadores,parecem da geração dos 500,contratados por essas empresas esclavagistas que,além de mal pagos,são obrigados a uma delicadeza de pacotilha,chapa 12,5,comprada,em saldo,numa feira de inutilidades,made in usa.registam a avaria e cumunicam,sei lá para onde,ficando os utilizadores à espera dos serviços técnicos,também contratados a outra empresa,sabe-se lá de onde e,quase sempre,sem conhecer a região.
Um modelo de eficiência.
QUERO AGRADECER OS MAIS DE 150 EMAIL,QUE TINHA NA CAIXA DE CORREIO,A PERGUNTAR,PREOCUPADOS,QUAL O MOTIVO DA INTERRUPÇÃO.IREI RESPONDER DURANTE OS PRÓXIMOS DIAS,NÃO VOU COMETER A DESCONSIDERAÇÃO DE RESPONDER A TODOS COM UM TEXTO CHAPA 15.
ÀS DEZENAS DE CHAMADAS PARA O MÓVEL FUI,SENSIBILIZADO,AGRADECENDO.
Esta bela,deixou-me aproximar sem sequer me ameaçar,é a "Coluber hippocrepis",vulgo Cobra-de-ferradura,assim designada pela mancha que tem no pescoço.
Apeteceu-me pô-la hoje.


Esta "Melanargia",resolveu passar a noite num Freixo.




Esta outra,numa ervácea,junto ao solo.






Tal como esta.


Verifiquei todas elas a descansarem de cabeça para baixo.








Já esta Melitaea,pelo contrário,descansava em posição horizontal.










Se ,ao menos,esta nação caminhasse a passo de caracol.Este é até acrobático,trepa à vegetação em busca de alimento.




Mas não,vai regredindo.


Não desistimos.


Lá estivemos a votar.


Lembrados daquela frase de um acampado:


"OS NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS VOSSAS URNAS".


Sem esquecer estar a participar num jogo com regras viciadas e cartas marcadas.




GRITANDO.




Faz-me lembrar a "BORMELHINHA".


É uma vigarice com cartas,assim chamada por ser jogada com duas cartas pretas e uma vermelha,depois de rapidamente mudadas era preciso adivinhar onde estava a vermelha para ganhar.


Aparecia sempre nas feiras.


O habilidoso que deitava as cartas era ajudado por mais dois ou três que vigiavam e apareciam, como jogadores, para ganharem e assim incentivar as vítimas.


Claro,nunca ninguém ganhava nada,como sempre acontece nestas vigarices,a não ser os da banca e ajudantes.


As autoridades nunca apareciam.


O jogo era fácil de esconder e dissimular.


Descubram,pf,as semelhanças.




Um belo dia,um grupo de camponeses,fartos de verem os filhos e amigos roubados,pegaram nas bengalas e untaram-lhes o lombo.Só assim se viram livres deles.


Trago sempre uma bengala comigo.




mário