terça-feira, 10 de novembro de 2009

É PRECISO DESPIRMO-NOS NA PRAÇA

Esta é uma das exposições,feitas nas escolas,que mais prazer me deu:
Foi incentivada e promovida pelas nossas vizinhas e amigas.Lentamente,mas seguramente,vai mudando;
Ajudaram a montar a exposição os alunos do Curso de Fotografia.Um gosto.Interessados,atentos,empenhados e muito colaborantes.Conversar com eles foi um privilégio;
Encontramos pessoas verdadeiramente atentas e lúcidas à preservação da natureza;
A exposição é na sala de espelhos onde ensaiam os alunos de dança.Tem um encanto que ajuda e incentiva.Deixam lá algo deles.
Infelizmente as asneiras do ministério continuam a deixar marcas.Mas a vontade vai partindo peias e amarras,devagar,muito devagar.
Encaro sempre as exposições como,apenas e tão só,actos de divulgação da fauna e flora,tal como é,para ser conhecida e preservada.
As fotografias não têm quaisquer pretensões artísticas,isso deixo para os profissionais.São feitas quase sempre sem tripé e,todos sabemos como é complicado fotografar com macro ou com 500 na mão.Às vezes serve-nos de tripé uma pedra,um muro ou os próprios cotovelos no chão.A natureza nunca espera por luz adequada,velocidade,abertura ou iso.Muitas vezes nem sequer espera por focagem correcta ou por mudança de lente.São assim mesmo,sem arrebiques ou manigâncias.Pretendem apenas registar para divulgar.
Por isso lembramos sempre um poema,vamos deixar os primeiros versos,de memória:
"É preciso despirmo-nos na praça e esperar o que vier serenamente,os gritos e falares da populaça e os olhares de desprezo e de devassa dos que,sem se voltar,seguem em frente".
mário
Post scriptum-Tive sempre a ideia de serem da fase mais contestatária do Cutileiro.Já os vi citados como de autor anónimo.

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